SAÚDE MENTAL E A INCLUSÃO: COMO APOIAR PESSOAS COM NEE NO DIA INTERNACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
Joana Martinho, Psicóloga
No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência lembramos que a inclusão não é um favor – é um direito. Salvaguardando a necessidade de promover a inclusão, a igualdade e o respeito pela diversidade/individualidade humana.
Os desafios e barreiras à inclusão das Pessoas com Deficiência ainda se fazem notar, tanto a nível físico, social, como comportamental. Resultam de uma sociedade que nem sempre está disponível para acolher todas as formas de existir.
O sentimento de pertença é uma necessidade humana fundamental, que se encontra fragilizada nas Pessoas com Deficiência, sobretudo quando vivem em ambientes que não consideram as suas necessidades, o que afeta diretamente a sua perceção de autoestima, autonomia e bem-estar psicológico.
Neste sentido, identificam-se alguns fatores que interferem na saúde mental das Pessoas com Deficiência:
Estigma e preconceito: afetam a perceção de autoestima e o sentimento de pertença
Falta de acessibilidade: a serviços de saúde, educação ou culturais, por exemplo, na comunicação
Isolamento social: originado pelas limitações externas (físicas, intelectuais, sensoriais), ou por falta de apoio adequado
Sobrecarga emocional: para a pessoa e para os familiares ou cuidadores
Dependência de terceiros: sentimento de perda de autonomia, frustração e inadequação
Este dia relembra-nos da importância de:
Praticar a escuta ativa, sem suposições. Escutar a pessoa, pedir permissão, mostrar disponibilidade para ajudar e respeitar a autonomia.
Evitar atitudes que revelem preconceito ou discriminação. Rever o próprio comportamento de ajuda, não infantilizar.
Fomentar a autodeterminação.
Facilitar a acessibilidade nos diferentes espaços e contextos, assim como o acesso a serviços especializados e individualizados.
A mudança começa na forma como acolhemos e respeitamos o outro, sendo fortalecida quando se age em favor da empatia, respeito e equidade.
Que possamos construir pontes e não barreiras, cultivando um lugar onde cada diferença tem o seu lugar.



